A Câmara dos Deputados promoverá, no próximo dia 13 de agosto, uma sessão solene em homenagem ao ex-governador de Pernambuco e ex-deputado federal Miguel Arraes. A solenidade, marcada para as 11h no plenário Ulysses Guimarães, foi proposta pela deputada federal Maria Arraes (SD-PE), neta do homenageado.
O ato reunirá autoridades, parlamentares, representantes de movimentos sociais, familiares e admiradores para celebrar os 20 anos da morte de Arraes e relembrar sua contribuição para a democracia, a justiça social e o desenvolvimento regional. A cerimônia será transmitida ao vivo pela TV Câmara e pelo canal oficial da Câmara no YouTube.
Segundo Maria Arraes, a homenagem é uma forma de manter viva a memória de um líder que dedicou sua vida ao povo. “Meu avô é uma grande inspiração. Sua trajetória é um exemplo de compromisso com a justiça social e com a construção de um país mais justo e igualitário. Os feitos de Arraes ecoam até hoje e ainda impulsionam políticas públicas que transformam vidas, como o Lafepe e o programa de Eletrificação Rural, que serviram de modelo para a Farmácia Popular e o Luz para Todos”, destacou a deputada.
Além da sessão, a Câmara aprovou o Projeto de Resolução nº 27/2025, também de autoria de Maria Arraes, que dá o nome de Sala Miguel Arraes à sala de reuniões do Colégio de Líderes da Casa. A iniciativa busca eternizar o exemplo do ex-governador dentro do espaço legislativo federal. “É uma forma de inspirar os parlamentares a contribuírem com o país da mesma forma que Arraes contribuiu para o desenvolvimento do Brasil”, afirmou a parlamentar em discurso no plenário.
Como parte das homenagens, Maria Arraes também lançou uma camisa especial em parceria com a marca Golpe Store, celebrando o legado de Miguel Arraes.
Natural de Araripe (CE), Miguel Arraes iniciou sua trajetória política em Pernambuco, onde se formou em Direito pela tradicional Faculdade do Recife. Foi prefeito do Recife, deputado estadual, governador de Pernambuco por três mandatos e deputado federal.
Seu primeiro governo estadual, iniciado em 1963, foi interrompido pelo golpe militar de 1964. Arraes se recusou a renunciar, foi preso e depois exilado na Argélia, onde viveu por 14 anos. Com a anistia, voltou ao Brasil em 1979 e reassumiu sua atuação política, sendo novamente eleito deputado federal e, posteriormente, governador de Pernambuco.
