
As buscas por dois membros do Comando Vermelho que fugiram de uma prisão de segurança máxima continua há mais de uma semana em Mossoró, no Rio Grande do Norte. Além de 500 policiais, mais 100 agentes da Força Nacional — que conta com a elite de polícias de vários estados — passaram a reforçar a procura pelos criminosos.
Embora essa tenha sido a primeira fuga de um presídio de segurança máxima da história do Brasil, quando olhamos para as cadeias em geral, percebemos que presos escapando não é algo tão raro assim. Só no ano passado, o Brasil teve quase uma fuga por dia. Foram 333 detentos que conseguiram escapar de trás das grades de prisões em 18 estados.
Muitos dos casos tiveram a colaboração de gente do próprio presídio, como vigilantes e agentes penais — inclusive com investigações mostrando pagamentos de R$ 10 mil a funcionários.
Haja preso: Dos 1.778 presídios inspecionados pelo Conselho Nacional de Justiça, 48% enfrenta superlotação, enquanto 33% estão em condições consideradas péssimas ou ruins. A prisão de Mossoró, inclusive, contratou empresa com um dono “laranja” para uma obra. Com faturamento de R$ 195 milhões, a R7 Facilities tem como proprietário um homem que mora na periferia de Brasília e recebeu auxílio-emergencial.