O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou, após prestar depoimento à Polícia Federal, que transferiu R$ 2 milhões via Pix para seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente residindo nos Estados Unidos. Segundo Bolsonaro, o valor foi destinado à subsistência de Eduardo no exterior.

Durante o depoimento, Bolsonaro negou que as possíveis sanções que o governo americano estuda aplicar ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, sejam resultado de ações de sua família. Ele classificou as investigações em curso como perseguição política.

Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde fevereiro de 2025, onde tem participado de eventos conservadores e se encontrado com autoridades americanas. Ele tem criticado publicamente o ministro Alexandre de Moraes, alegando perseguição política e censura. Em março, Eduardo anunciou que permaneceria nos EUA para buscar sanções contra Moraes, referindo-se à Polícia Federal como “Gestapo” e afirmando que não se submeteria ao que chamou de “regime de exceção” .

A atuação de Eduardo nos EUA inclui encontros com parlamentares americanos, onde tem defendido a aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes, alegando violações de direitos humanos e censura no Brasil. Essas ações têm gerado tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos, com o governo brasileiro buscando evitar sanções a membros do STF .

O ministro Alexandre de Moraes é responsável por investigações relacionadas a tentativas de golpe de Estado e ataques à democracia após as eleições de 2022. Bolsonaro e aliados são alvos dessas investigações, que incluem acusações de disseminação de desinformação e incitação à violência.

O governo brasileiro, por sua vez, tem defendido a independência do Judiciário e criticado a interferência estrangeira em assuntos internos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou recentemente que defenderá a integridade do STF diante de ameaças externas .