A situação calamitosa do Rio Ipojuca, a necessidade de mais políticas públicas e a promoção da educação ambiental no município foram as principais pautas discutidas na Audiência proposta pelo vereador Jorge Quintino (PTB). A ocasião reuniu ambientalistas, professores, o presidente da Casa Bruno Lambreta (PSDB), o vereador irmão Ronaldo (PROS) e o ex-senador e empresário Douglas Cintra.
O representante da Associação Conhecer e Preservar (ACP), Sandro Vila Nova, falou sobre a importância do engajamento e articulação dos poderes Legislativo e Executivo na condução de políticas públicas voltadas ao meio ambiente. Douglas ainda ressaltou a necessidade de reativação do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema). Além disso, o representante da ACP pediu mais transparência na destinação do orçamento do meio ambiente e pediu a contratação de mais guardas-parques para a Serra dos Cavalos, pois a prática de crimes ambientais geralmente acontece em horários em que não há fiscalização. “É preciso de fiscalização 24h por dia”, enfatizou Vila Nova.
Douglas Cintra afirmou que é preciso criar uma cultura de sustentabilidade e educar a população no sentido de criar práticas sustentáveis de consumo. Também destacou que economia e meio ambiente precisam caminhar de maneira integrada. “Precisamos valorizar, remunerar e estimular os habitantes das áreas verdes da região, que trabalham na preservação do meio ambiente”, disse Cintra.
O guarda-parque, Diego Lira, falou sobre a criminalidade no Parque Ambiental de Serra dos Cavalos e a necessidade de criação de um Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS). Lira falou que a falta de uma fiscalização mais efetiva no parque acaba por auxiliar o tráfico de animais silvestres que ocorre nas feiras livres do município.
Ainda na audiência, o secretário executivo municipal de serviços públicos e sustentabilidade, Ramon Abelenda, afirmou que a equipe técnica que trata das questões ambientais tem trabalhado bastante com relação a medidas de fiscalização. Com relação ao Rio Ipojuca, Abelenda falou sobre a dificuldade de manutenção do rio, mas que a pasta tem trabalhado e desenvolvido projetos, inclusive um deles em conjunto com um grupo da Universidade Federal de Pernambuco, que visa a descontaminação do Ipojuca.