Em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira, 4, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse não acreditar “em nenhum tipo de baixa” e afirmou que, “se Deus quiser”, a PEC dos Precatórios será aprovada em segundo turno, na terça-feira, 9, por uma margem maior. No começo da madrugada, os deputados aprovaram a proposta com 312 votos, quatro acima do número exigido para uma emenda à Constituição. “Não acredito em mudanças partidárias bruscas, porque todos os assuntos da PEC são claros, são evidentes”, resumiu. “Vamos para a votação na terça-feira, se Deus quiser, com mais votos a favor da PEC”, acrescentou. O texto adia o pagamento de dívidas reconhecidas pela Justiça, altera o teto de gastos e abre espaço fiscal para o pagamento do Auxílio Brasil, a principal aposta do Palácio do Planalto para melhorar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro, sobretudo na região Nordeste, em ano eleitoral.
“Dois deputados com quem convivo, admiro e respeito são André Figueiredo e Wolney Queiroz, duas referências na Câmara como homens sérios e comprometidos. Tudo o que o PDT pediu, o que esses líderes pediram, foram em defesa da educação, das pautas que beneficiassem os professores, com aquiescência de três membros da Frente Norte-Nordeste em Defesa da Educação. Respeitamos todos os posicionamentos políticos que possam vir, mas acho que o PDT tem tranquilidade e terá temperança de deixar a poeira baixar nesse final de semana”, disse Lira. Sem citar Ciro Gomes nominalmente, o presidente da Câmara criticou o que chamou de “posição descabida”. “Nos acusam de fazer uma PEC eleitoral. Eleitorais são determinadas posições, que são descabidas”, avaliou.