Após baixarias, candidatos de Jaboatão selam a paz até a eleição 

Mário Flávio - 15.10.2016 às 17:03h


Do Portal G1 – PE

Os candidatos a prefeito de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, Anderson Ferreira(PR) e Manoel Pereira Neco (PDT), foram convocados pelo Tribunal Tegional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) para uma reunião neste sábado (15). O objetivo do encontro, do qual participaram representantes do Ministério Público (MPPE) e da Polícia MIlitar, foi selar um pacto de paz e garantir a civilidade até o segundo turno das eleições, no domingo (30).
Durante o encontro, os dois candidatos garantiram que vão seguir a legislação. Ao apertar as mãos, eles se comprometeram a assegurar a moralidade nas suas campanhas. A preocupação dos órgãos surgiu depois de um confronto entre militantes das coligações, na semana passada. Foram detectados também ataques feitos durante a propaganda de rádio, que quase atingiram o limite da incitação à violência, segundo o TRE-PE.
Além disso, na sexta-feira (14), a Operação ‘Caixa de Pandora’, da Polícia Civil, levou mais ingredientes à campanha em Jaboatão. Realizou busca e apreensão nas casas do candidato Neco e de Ricardo Valois, postulante a vice-prefeito na chapa de Anderson Ferreira.
Ao todo, os agentes cumpriram 48 mandados, sendo 19 contra integrantes da Câmara de Vereadores da cidade. Há a suspeita de esquema de contratações irregulares e corrrupção. O juiz da propaganda de Jaboatão, Carlos Fernando Valença, espera que o acordo de paz sirva para acalmar os ânimos que foram exaltados durante a campanha.
“A propaganda eleitoral deles quase extrapolou o limite da moralidade. A propaganda eleitoral pode ser feita de diversas formas para garantir a festividade maior da democracia que é a eleição, mas existem regras”, pontuou.
 Ele ainda frisou que a chamada serviu para orientá-los para um ‘acordo de cavalheiros”. Caso eles não cumpram o prometido, as propagandas podem ser retidas do ar.

“A Justiça tem que garantir que eles se mantenham íntegros até o fim da eleição. Podemos restringir essas propagandas, pois não envolve só as partes, mas sim o cidadão, o eleitor, que deve ouvir uma propaganda moral”. A segurança no dia do pleito também pode sofrer um reforço, caso as autoridades entendam que os confrontos entre as militâncias não tenham sido debelados.

“Vamos observar, ficar de olho neles. A Polícia Militar se colocou à disposição para aumentar ainda mais o seu efetivo. Vamos analisar porque esse confronto foi um fato isolado e logo contido”, observou o juiz.