Ana Cláudia Brandão assume cadeira na Academia Pernambucana de Letras Jurídicas

Jorge Brandão - 27.07.2022 às 13:25h
Foto: Armando Artoni

Em cerimônia realizada no Salão Antônio de Brito Alves, Pleno do TJPE, nessa segunda-feira (25/7), a juíza do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), professora e doutora Ana Cláudia Brandão de Barros Correia Ferraz, assumiu como membra efetiva a cadeira de número 49, da Academia Pernambucana de Letras Jurídicas (APLJ) Professor Luiz Andrade Oliveira. A cadeira, que tem como Patrono Urbano Vitalino de Melo, era anteriormente ocupada pela professora, doutora, e desembargadora aposentada do TJPE Helena Caúla Reis, falecida em Recife no dia 23 de janeiro de 2022. No evento também foi realizado o lançamento da Revista Acadêmica nº 3 da APLJ. A posse foi marcada ainda pela apresentação do cantor e compositor Getúlio Cavalcanti.

A solenidade foi presidida pelo professor Luiz Andrade Oliveira, presidente da Academia Pernambucana de Letras Jurídicas. Compuseram a mesa de honra do evento também o decano do Tribunal, desembargador Jones Figueirêdo Alves, representando o presidente do TJPE, desembargador Luiz Carlos de Barros Figueirêdo; o 2º vice-presidente do TJPE, desembargador Frederico Ricardo de Almeida Neves; o diretor da Faculdade de Direito do Recife, desembargador federal Francisco Queiroz; o defensor-geral do Estado, Henrique Seixas; e o secretário-geral da Academia Pernambucana de Letras Jurídicas, Fernando Araújo.

O presidente da Academia Pernambucana de Letras Jurídicas, Luiz Andrade Oliveira, iniciou a cerimônia convidando para o recinto a juíza Ana Cláudia Brandão de Barros Correia Ferraz. O professor expressou o que significava para ele a posse da nova integrante da APLJ. “É uma data importante receber na Academia a juíza e doutora Ana Cláudia Brandão porque ela representa o fortalecimento da presença feminina na nossa instituição. É a primeira magistrada de carreira que passa a integrar a nossa academia. Ela preenche todos os requisitos para exercer essa função com a sua experiência e seu extenso conhecimento”, observou.

Na sequência, a juíza Ana Cláudia Brandão falou do sentimento ao assumir a cadeira de número 49 da APLJ. “É uma honra muito grande pela trajetória que vivenciei. O momento me faz lembrar o início disso tudo, como estudante de Direito, aos 17 anos, assustada com os termos jurídicos ao ingressar no curso. Ao longo do tempo fui buscando o crescimento e sendo cada vez mais entusiasta do Direito. Resolvi seguir a carreira de concurso público, por meio do qual me tornei procuradora federal, procuradora do estado e depois ingressei na magistratura. Confesso que tive um pouco de dúvida porque já ocupava um cargo muito gratificante, trabalhava no que gostava, mas decidi pela magistratura por vocação e claro que a família também influencia. O exemplo que tive de meus pais, magistrados, com uma vida toda dedicada ao Direito contribuiu para essa escolha. Ao longo dos anos sempre mantive a preocupação em conciliar os estudos com o trabalho de magistrada e o papel de mãe, o que continua sendo um grande desafio”, afirmou.

A magistrada relatou também o que significava ocupar a cadeira da desembargadora Helena Caúla. “Além de muito honrada, eu tenho noção da responsabilidade que é ocupar a cadeira de uma grande mulher como Helena Caúla, um exemplo como profissional e ser humano. Ela veio da magistratura apesar de ter sido oriunda do Quinto Constitucional, da Procuradoria de Justiça. Passo a integrar a APLJ como a primeira magistrada de carreira a ocupar esse posto e isso traz também o significado e a missão de representar bem as minhas colegas magistradas e ao mesmo tempo de provar que nós temos o nosso espaço na Academia. A ideia é que eu possa cada vez mais promover e difundir a cultura jurídica no estado. Eu me importo, na prática, com as consequências de nossos estudos, com a aplicabilidade da nossa teoria para que possamos construir uma sociedade melhor”, destacou. Leia aqui o discurso na íntegra.

Em seguida, o secretário-geral da Academia Pernambucana de Letras Jurídicas, Fernando Araújo, fez a leitura do termo de posse de Ana Cláudia Brandão como membra efetiva da instituição. Além da juíza, o termo foi assinado pelo presidente da APLJ, Luiz Andrade Oliveira, que conferiu o título e o colar de membra efetiva a Ana Cláudia Brandão. A magistrada também recebeu um ramalhete de flores dos pais, o desembargador do TJPE Eurico de Barros Correia Filho e a juíza Edina Maria Brandão de Barros Correia.

Ao fim do evento, o desembargador Jones Figueirêdo Alves leu a saudação do presidente do TJPE, Luiz Carlos de Barros Figueirêdo, sobre a conquista de Ana Cláudia Brandão. “A Academia Pernambucana de Letras Jurídicas ao recebê-la está apostando e confiando no futuro do Direito porque ela representa essa prospecção de um direito sempre mais evoluído”, narrou. Após a leitura da mensagem do presidente, Jones Figueirêdo destacou a formação e as qualificações da juíza Ana Cláudia Brandão para ocupar uma cadeira na Associação. “A nova acadêmica traz consigo todos os méritos de seus saberes. Tem uma consolidada experiência jurídica. É multifacetada por suas trajetórias em diferentes tarefas, como magistrada, professora de Direito, e emérita pesquisadora, dando sempre a sua relevante contribuição à ciência do Direito”, descreveu.