O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (4) a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro. A medida foi tomada após a parlamentar deixar o país, contrariando decisões judiciais anteriores. Além da prisão, o ministro solicitou que o nome de Zambelli seja incluído na lista vermelha da Interpol, que serve como alerta internacional para a captura de foragidos.
A decisão ocorre no âmbito das investigações sobre a atuação de Zambelli em organizações digitais antidemocráticas. Moraes justificou a prisão preventiva citando “risco concreto à ordem pública” e a tentativa de fuga como fator agravante.
Além da ordem de prisão, Moraes impôs uma série de medidas restritivas:
- Bloqueio de passaportes da deputada, inclusive o diplomático;
- Bloqueio de bens, salários, ativos, contas bancárias e chaves Pix vinculados a ela;
- Bloqueio de veículos, embarcações e aeronaves que estejam em seu nome;
- Suspensão dos perfis em redes sociais, incluindo Gettr, Facebook, Instagram, TikTok, LinkedIn e X (antigo Twitter);
- Aplicação de multa diária de R$ 50 mil caso Zambelli continue publicando conteúdos considerados criminosos.
Em 2023, o passaporte da parlamentar já havia sido apreendido, mas o documento foi posteriormente devolvido. Agora, com a nova decisão, todos os passaportes estão bloqueados, e a deputada poderá ser alvo de cooperação internacional para sua captura.
A assessoria de Zambelli ainda não se manifestou oficialmente sobre a decisão. O caso intensifica a tensão entre setores bolsonaristas e o STF, num momento em que a Corte amplia ações contra parlamentares e influenciadores suspeitos de atacar a democracia.
