Integrar governo, sociedade e empresário é solução para crise na indústria, diz Côrte Real

Mário Flávio - 02.11.2015 às 08:06h

comissão

A indústria brasileira passa por um momento crítico, independe da crise econômica que atinge o País, avalia o deputado Jorge Côrte Real (PTB). Segundo ele, o crescimento só será retomado quando houver maior integração de ações entre empresários, sociedade e governo. “Temos que elaborar projetos e programas com metas e prazos e, a partir desses projetos e programas, retomarmos esse crescimento”, declarou o parlamentar, ao comentar audiência pública realizada Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados, na qual foram debatidos planos de produção e estímulo à modernização de indústrias nacionais.

Côrte Real lembra que, nos últimos anos, a indústria nacional vem perdendo a participação em termos de percentual no Produto Interno Bruto (PIB), assim como vem perdendo dinamismo. Entre os problemas que levam a essa situação, cita os equipamentos velhos utilizados pelas empresas, que têm, em média, 10 a 15 anos. “Estamos ultrapassados em termos de máquinas e equipamentos. Precisamos reformar e modernizar o nosso parque industrial”, disse o petebista.

O deputado critica a alta carga tributária incidente sobre os produtos, assim como a legislação trabalhista, que, na opinião dele, encarecem o trabalho e não induzem a geração de empregos. “A infraestrutura é precária. É difícil levar os insumos às empresas e, da mesma maneira, de sair com os produtos das indústrias para entregá-los aos consumidores, principalmente quando se trata de comércio exterior. A infraestrutura de portos é muito ruim”, criticou Côrte Real.

Jorge Côrte Real ressalta a necessidade de se capacitar a mão de obra, para que as empresas deixem de perder em qualidade e produtividade. “A capacitação dos trabalhadores está inerente, também, à área de educação, principalmente da educação básica, que ainda é muito precária no País”, declarou. O deputado defende a elaboração de uma política industrial de longo prazo, com a definição de prioridades, critérios e investimentos – com segurança jurídica –, para que o industrial possa investir na modernização e na capacitação que melhoram a produtividade, além da inovação.