Crise no sistema carcerário revela um modelo superado de ressocialização

Mário Flávio - 21.01.2015 às 07:25h

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As duas rebeliões seguidas no Complexo Penitenciário mostraram o quanto esse tipo de sistema é frágil no Estado. Em dois dias o que se viu foi a barbárie generalizada com as famílias de detentos e PMs numa angústia sem fim. De um lado, os detentos cobram agilidade no julgamento de penas e expõe um quase intocável poder judiciário. Dom outro, estão os policiais que ameaçam uma greve por melhores condições de trabalho.

Ninguém está satisfeito com a situação e o barril de pólvora só tende a estourar como ocorreu nos últimos dias. O governo anunciou uma série de medidas para conter a crise, mas a maioria a médio e longo prazo. A situação atual requer medidas urgentes e a curto prazo. Não se pode mais ver cenas como essas. É preciso rever todo o sistema. Famílias estão perdendo vidas e a construção de novas unidades prisionais será apenas mais um paleativo.

O judiciário precisa se reinventar também. Os processos precisam de uma agilidade maior e o Estado tem que explicar como tantas armas entram e saem de um complexo que é tão bem vigiado.