Em meio a crise, Eduardo diz que não tolera violência da Polícia

Mário Flávio - 09.09.2013 às 21:25h

20130909-195049.jpg

Não toleramos violência, nem dos que às vezes querem se expressar com violência e não devem fazer, nem de qualquer agente público, seja da Polícia Militar ou Civil”. Foi o que disse o governador Eduardo Campos nesta segunda-feira (09), ao comentar episódios ocorridos durante os protestos de 7 de setembro. “Abrimos um procedimento ontem na Corregedoria do Estado para apurar qualquer ato de violência. Fiz isso muito à vontade, porque fui o governador que mais excluiu das polícias policiais arbitrários, que tinham envolvimento com qualquer ato de violência. Temos uma Corregedoria que funciona com profissionais de polícia de reputação, que tem tido atuações muita duras”, acrescentou.

O governador ressaltou ainda que o estado atua para garantir o direito de manifestação da população. “As manifestações são legítimas e devem se dar de maneira tranquila. Devemos combater os atos de violência e vandalismo de gente que não acredita em democracia e que pugna pelo fim da democracia nas redes sociais. Nós, até em defesa dos bons policiais, que cumprem seu dever sem qualquer ato de violência, temos de ser firmes nessas horas. Desde ontem que o procedimento está aberto. E hoje, o nosso pessoal do Pacto pela Vida está discutindo com o pessoal dos direitos humanos o tal protocolo. Vejam que estamos no caminho que acredito ser o certo, que é acreditar no diálogo, na democracia, na capacidade de que nós, com inteligencia, boa vontade, mesmo divergindo sobre pontos objetivos, mas que possamos evoluir para ter um protocolo como nações democráticas no Mundo têm. Talvez por terem mais tempo de democracia do que nós, que estamos vivendo nem 30 anos de democracia”, observou o governador.

Quanto ao uso de máscaras pelos manifestantes, Eduardo afirmou que o estado “não permitirá que grupos mascarados possam afrontar a cidadania”. “Porque a regra democrática não permite que ninguém saia de casa com máscara e com coquetel molotov para atirar sobre ônibus ou travar a cidade, numa via que tem cinco hospitais, na qual muitas vezes tem que trafegar carro com sangue para pessoas na mesa de cirurgia nesses hospitais. Esse é o outro lado da moeda que a sociedade também reclama ao governo. O que eu fiz? Fui pesquisar como é lá fora. A qualquer hora do dia pode se parar uma via sem se prevenir? Não é assim lá fora. Chamei o movimento social para fazer o diálogo. Isso faz mais de 20 dias. Quando é no dia 7 de setembro, no Rio de Janeiro, artistas, intelectuais, jornalistas, procuram o secretário de Segurança Pública pedindo para fazer lá exatamente o que estamos querendo construir aqui. Uma regra, onde quem quiser se manifestar se manifesta. Tem que ter até a segurança de nossa polícia. Agora, não pode se manifestar travando a cidade a qualquer hora do dia ou da noite, usando muitas vezes a máscara. Você pode usar a máscara, mas não para fazer atos de violência. Você usa em outras situações”, disse Eduardo Campos.