Opinião – A proteção da Arena Pernambuco e o “cuidado” com o ex-tapete do Luís José de Lacerda – por Sérgio Pepeu

Mário Flávio - 06.08.2013 às 12:25h

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A situação absolutamente caótica do nosso gramado, ou melhor ex-gramado foi prejudicada de uma vez a partir de um show gospel que ocorreu no mês de junho. O gramado que já vinha castigado pelo excesso de jogos (inclusive rachas semanais categoria “ouro”) e pela falta d’água praticamente não suportou e morreu de inanição. Centenas de pessoas pisaram, pularam, crianças jogaram bola em cima de um lugar que deveria ser utilizado simplesmente para a prática de futebol.

Sequer uma LONA foi jogada no campo de jogo e o resultado é que hoje o gramado está começando a lembrar a época da administração do Presidente Ademar Candido, é o verdadeiro “poeirão” da avenida. Ao ler uma reportagem sobre a proteção da Arena Pernambuco, pensei, igualzinho lá no imortal PV! Ah, meu Deus, Lamentável:

” Proteção do gramado da Arena Pernambuco:

A Arena Pernambuco tem o conceito de Multiuso. E para receber esses diferentes tipos de eventos, uma situação é essencial: a proteção do gramado. Pensando nisso, os representantes da Arena estão buscando o que há de melhor na tecnologia. “Um dos diferenciais para receber eventos de naturezas diferentes é a estrutura de proteção do gramado, com tecnologias que permitem a boa preservação do mesmo”, explica o diretor de marketing e operações da Arena, André Sá.
O diretor explica que 2 tecnologias estão sendo avaliadas e que elas são usadas nesses tipos de evento nos grandes eventos mundiais.

“Essas proteções permitem montar e desmontar rapidamente sem desgastar o gramado. Tem uns espaços que permitem passar a luz solar, facilitando a oxigenação do gramado”, explica.

Fonte: Informações da Arena Pernambuco, site oficial.

Já sei, alguém vai dizer mas pera aí Pepeu, a Arena Pernambuco é recente, o Lacerdão é antigo. Okay, então vejam um show que ocorreu na Ilha em 2011 (foto acima) e verifiquem que existe também uma proteção ainda que mais simples para campos mais antigos. Veja outro no Arruda também. Se a proteção não é cem por cento efetiva, ao menos diminuiria o impacto nesse ex-tapete já sofrido, pior é ter feito centenas de pessoas pisarem DIRETAMENTE no gramado.

É que no Central de hoje, as pessoas agem como dono e ninguém se importa, ninguém absolutamente ninguém se opõe de maneira específica contra o descalabro e essa maneira vergonhosa de “administrar” o patrimônio de todos os centralistas.

Foto 1: Proteção do Gramado da Ilha do Retiro em 2011 para show;

Foto 2: Proteção do Gramado do Arruda para Show de 2013;

Foto 3: Proteção do Gramado da Arena PE para Show na última semana;

Foto 4: Gramado do Lacerdão após a reforma final de 2011/início de 2012. Considerado pela crônica esportiva até recifense, como o “melhor do estado”;

Foto 5: Gramado do Lacerdão após a mini-recuperação da FPF para jogos da semifinais do PE2013 já se recuperando da falta de cuidado. Na foto já há o toldo para o evento que ocorreria no outro dia;

Foto 6: Evento gospel no Lacerdão, centenas de pessoas pisando diretamente no gramado sem qualquer proteção;

Foto 7: Gramado do Lacerdão já completamente danificado após evento gospel. Foto tirada no dia imediatamente posterior ao Show;

Foto 8: Juninho faz defesa no “areial” no jogo contra o Guarany no último domingo;

Foto 9: Charge do amigo Flavinho mostrando que o Campo do Central hoje é um palco exemplar para a prática esportiva…da vaquejada.

*Sérgio Pepeu é procurador no estado de Alagoas e centralino.