Câmara vai dispensar empresa responsável pela obra que se arrasta há quase seis meses

Mário Flávio - 08.03.2013 às 07:25h
A fachada foi recuperada e a Casa volter as cores originais

A obra segue gerando muita dor de cabeça na Câmara de Caruaru 

O presidente da Câmara de Caruaru, Leonardo Chaves (PSD), confirmou que será feito um distrato com a empresa que foi contratada pela gestão de Lícius Cavalcanti (PCdoB), para realizar as obras de reforma na Casa Jornalista José Carlos Florêncio.

Segundo Chaves a decisão foi devido a tantos problemas proporcionados pela empresa. “Desde que assumimos a Câmara que estamos quebrando a cabeça com essa empresa e se a gente continuasse com essa morosidade que eles estão fazendo o trabalho e diga-se de passagem, que não é de boa qualidade, a obra ainda fosse se arrastar por mais três ou quatro meses, por isso, resolvemos fazer o distrato, para agilizar os serviços, para que não haja tanta insatisfação na Câmara”, explicou.

Ex-primeiro secretário da Câmara o vereador Louro do Juá (DEM) disse que teme pela aprovação das contas da antiga presidência. “Com essa informação que o presidente nos passa, fico a perguntar como será a aprovação das contas da antiga gestão, uma situação preocupante, diante de tantos problemas”, disse o democrata.

O secretário jurídico da Câmara, Bruno Martins, explicou que a decisão foi da presidência, e que a Casa chegou ao limite com os atrasos na obra. “A ideia é fazer com que as coisas andem na Casa, tenos que dar estrutura para que as as pessoas possam trabalhar e de certa forma, o atraso nas obras estão atrapalhando as atividades na Câmara. Tivemos algumas reuniões com os proprietários da empresa e como tem algo a ser pago e detectamos algumas irregularidades na execução do contrato, por isso, nos reunimos e decidimos pelo distrato, que está previsto em Lei e a Casa não tem prejuízo. Mas é bom frisar que o distrato não tira a responsabilidade de quem executou a obra e do ordenador de despesa”, explicou Martins.

Quando o distrato for feito, uma nova licitação será aberta para que outra empresa termine as obras, que segundo o presidente da Câmara, deve durar ainda cerca de 40 dias. “Vamos ter trabalho naquela favela que fizeram lá embaixo e ter que refazer tudo”, disse Leonardo Chaves em referência a reforma na Rua São Sebastião.