As galerias da Câmara Municipal de Caruaru ficaram mais uma vez lotadas na noite dessa terça-feira (28). Vieram à Casa do Povo estudantes universitários de licenciatura dos cursos de Pedagogia, História, Letras e Filosofia. Todos alunos da Fafica, com o intuito de realizar um protesto silencioso, contra a aprovação da atualização PCC da Educação, aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal de Caruaru, no dia 31 de janeiro.
Segundo o presidente do DCE da Fafica, César Augusto, o protesto foi feito em nome dos estudantes, não da faculdade, mas eles não tenham encontrado restrições por parte da direção da IES para participar da mobilização, organizada desde a quarta-feira (25). “O DCE leu todo o projeto mais de uma vez, encontramos erros gritantes, a partir disso começamos essa mobilização. Um dos erros mais gritantes diz respeito ao processo de formação continuada, que reduz para 180 dias o período de especialização dos professores, além da carga horária, com dominical do valor pecuniário. O prefeito disse que tinha ponderações a fazer e que estaria disponível até para fazer retificações, mas quanto a essa questão pecuniária ele parece estar irredutível. O PCC deve valorizar os profissionais da categoria, mas esse novo plano atinge nossos direitos enquanto professores e futuros professores”, ressaltou.
Já o vice-presidente do DCE, Alan Marcionilo, explicou que a decisão de vir até a Casa se deu devido à solidariedade junto aos docentes, que estão realizando diversas atividades contra a aprovação do Projeto. “Esse PCC foi aprovado sem que houvesse o diálogo com a categoria e viemos aqui mostrar toda a nossa indignação contra a aprovação desse projeto. Viemos dar apoio aos colegas professores, já que somos futuros docentes e esse PCC prejudica a categoria”, disse.
Os estudantes pediram ao presidente da Casa para usar à Tribuna por apenas dois minutos, mas o presidente da Câmara, Leonardo Chaves (PSD), explicou que a situação era inviável. “O Regimento Interno não permite a manifestação da platéia e por isso, que não pude atender a reivindicação”, disse.
No entanto, os universitários se sentiram desrespeitados pelos vereadores, no final das contas e saíramos cedo da Casa. Na saída, eles levantaram um grito de guerra, pedindo respeito aos parlamentares. Em paralelo, a prefeitura de Caruaru solicitou reunião com os professores e com o Sindicato dos Servidores Municipais (SISMUC).