Armando diz não “chorar leite derramado” e espera vantagem maior em nova eleição
Depois que a presidência nacional do PDT reconheceu a candidatura do candidato Armando Souto, que havia vencido a eleição em Água Preta, mas que enfrentava um recurso impetrado pela própria direção estadual do partido, faltava apenas o juiz da comarca da cidade anular a eleição, o que aconteceu na quinta-feira (29). O blog do Mário Flávio entrou em contato com o pedetista, que se mostrou disposto a encarar uma nova eleição e disse ainda que espera que o pleito acontece até o fim de dezembro.
No contexto
Água Preta – Em paz com Zé Queiroz, Armando Souto quer dar uma “lapada” em nova eleição
“A eleição foi anulada hoje às 10h, só falta marcar uma nova data, a Lei diz que, depois da anulação, o TRE tem de 20 a 40 dias para preparar um novo calendário eleitoral para o município. Mas, como só faltam 30 dias para o fim do ano, vamos fazer de tudo para sensibilizar o presidente do Tribunal a realizar a eleição até o dia 30 de dezembro, para que a cidade não tenha que esperar ainda que o presidente da Câmara assuma a prefeitura”, explicou Armando.
Caso, a eleição não seja realizada ainda este ano, ocorreria no primeiro domingo de fevereiro, mas segundo o candidato eleito em outubro, haveria totais de condições de realizar eleição e posse até o início de janeiro. “Se o TRE decidir assim, é possível fazer a eleição no dia 30, então até o dia primeiro de janeiro já seria possível fazer a posse da prefeitura”, cita o pedetista, que está plenamente confiante em uma nova vitória. Aliás, ele continua dizendo que vai dar uma “lapada” no outro candidato, Eduardo Coutinho (PSB). “A gente vai dar mais que o dobro, porque o povo tá revoltado e insatisfeito com essa injustiça. O cara ficou insistindo pra ganhar no tapetão, tanto que até os que votaram nele acham que é uma covardia essa situação. Vários eleitores dele e até candidatos da chapa dele pensam assim e alguns já passaram para nossa base”, reforçou.
No entanto, Armando explicou também que essa eleição vale apenas para a majoritária, e não para os vereadores, o que significa que dois dos candidatos do PDT, que haviam sido eleitos na cidade, na coligação dele, não poderão assumir os cargos, porque suas candidaturas vão permanecer anuladas. “Fizemos cinco vereadores, mas só vão assumir três, os outros dois, do PDT, perderam o mandato, porque a eleição nova só valerá para os candidatos a prefeito, no entanto estes foram os mais votados, como o candidato Sérgio Shaolim, que obteve mais de 1000 votos”, completou. Armando também disse que o clima de animosidade com o presidente estadual do PDT, Zé Queiroz, passou e que ele ainda chegou a receber um telefone à tarde de Queiroz, para confirmar se a eleição havia sido anulada.
O QUE ACONTECEU
Armando passou todo o período eleitoral defendendo sua candidatura e a coligação da qual ele fez parte, integrando o PDT e o DEM. Isso porque o diretório estadual pedetista não aceitou a coligação e colocou o partido em outra coligação, que complementava um bloco com várias legendas da Frente Popular no estado. Eleito no município, ele acabou perdendo todos os recursos referentes à briga judicial sobre a candidatura, o que manteve a convenção dele nula e isso, consequentemente, pode levar à realização de nova eleição. Ao blog, Armando também fez questão de lembrar que todo o processo envolvendo sua candidatura se relacionou a uma briga judicial entre instâncias partidárias, e não teve relação alguma com especulações sobre ele se enquadrar ou não na Lei Ficha Limpa.
