
A Polícia Federal (PF), em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou nesta quinta-feira (17) a quinta fase da Operação Overclean, que investiga um amplo esquema de corrupção envolvendo fraudes em licitações, desvio de verbas públicas oriundas de emendas parlamentares, corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.
A ofensiva mobilizou agentes em cidades da Bahia, Pernambuco e do Distrito Federal, onde foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, além de uma ordem de afastamento cautelar de servidor público de suas funções. Todas as determinações foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que também autorizou o bloqueio de R$ 85,7 milhões das contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas investigadas. O objetivo da medida é interromper o fluxo financeiro oriundo de atividades ilícitas e garantir recursos para possível ressarcimento ao erário.
Segundo a PF, o núcleo investigado teria atuado de forma organizada para fraudar processos licitatórios e desviar recursos públicos provenientes de emendas parlamentares destinadas ao município de Campo Formoso, na Bahia. Os desvios, segundo os investigadores, envolvem o pagamento de propinas e tentativas de atrapalhar as apurações em curso.
Entre os crimes investigados estão:
- Organização criminosa
- Embaraço à investigação
- Corrupção ativa e passiva
- Peculato
- Fraude em licitações e contratos administrativos
- Lavagem de dinheiro
A Operação Overclean foi iniciada com o intuito de desarticular redes criminosas que atuam no desvio de recursos públicos federais. As investigações seguem sob sigilo e novas fases não estão descartadas.