Um novo escândalo: fraude bilionária no seguro-defeso

Mário Flávio - 07.07.2025 às 13:13h

Um escândalo de grandes proporções vem chamando a atenção do país. Mais de R$ 5,9 bilhões podem ter sido pagos indevidamente a “pescadores fantasmas” através do seguro-defeso, benefício destinado a trabalhadores da pesca artesanal durante o período em que a atividade é proibida para preservação das espécies. A suspeita de fraude lança luz sobre uma estrutura vulnerável e a falta de fiscalização eficaz na gestão de recursos públicos.

O rombo, revelado por órgãos de controle, coloca em xeque a transparência da administração pública e reacende o debate sobre a real origem dos déficits na Previdência Social. Especialistas alertam que a Previdência não é, por si só, deficitária, mas que fraudes como essa drenam os recursos e comprometem os serviços à população.

Enquanto bilhões são desperdiçados em pagamentos indevidos, brasileiros enfrentam filas no INSS, demora no acesso a benefícios legítimos e cortes em programas sociais. O sentimento de indignação cresce, e aumenta a pressão por punições exemplares aos envolvidos e por mecanismos rigorosos de controle e auditoria.

A sociedade exige respostas rápidas e concretas. As medidas necessárias incluem:
• Investigações rigorosas para identificar os fraudadores e os servidores públicos eventualmente envolvidos;
• Reavaliação dos cadastros e da concessão automática de benefícios;
• Implantação de sistemas de cruzamento de dados em tempo real;
• Transparência ativa por parte do governo e acompanhamento social dos programas.

A fraude no seguro-defeso não é apenas um caso isolado: é o retrato da fragilidade no controle do dinheiro público. A resposta a esse escândalo precisa ir além da indignação — é preciso mudar a lógica da gestão pública, com eficiência, responsabilidade e compromisso com quem realmente precisa dos benefícios.