
Em comunicado oficial nas suas redes sociais, o presidente nacional do Solidariedade, deputado federal Paulo Pereira da Silva — o Paulinho da Força — anunciou as articulações finais para a formalização da federação com o Partido da Renovação Democrática (PRD), marcada para esta quarta-feira, dia 25, no Salão Verde da Câmara dos Deputados.
“Amanhã será um dia histórico para o Solidariedade! Vamos oficializar nossa federação com o PRD e fortalecer ainda mais o nosso partido para as eleições de 2026. Nossa bancada no Congresso agora terá 12 deputados federais para lutar pelo povo brasileiro. Com equilíbrio, longe da polarização, perto do povo e com trabalho de verdade na defesa da democracia e dos anseios da população”, escreveu Paulinho.
No entanto, a articulação prevista formará uma bancada inicial de 12 deputados — seis de cada partido — que, com a inclusão do PRD e do Solidariedade, passa a contar também com o apoio de um governador (Clécio Luís, no Amapá), além de dezenas de prefeitos. A criação da federação obedece a uma clara lógica eleitoral: os partidos visam cumprir os novos requisitos da cláusula de desempenho que vigoram a partir de 2026. Para ter acesso ao Fundo Partidário e à propaganda gratuita, será preciso alcançar ao menos 13 deputados federais eleitos em nove estados, ou obter 2,5% dos votos válidos distribuídos em pelo menos um terço das unidades federativas, com no mínimo 1,5% em cada. A união entre Solidariedade e PRD pretende tornar viável essa meta.
O anúncio reforça um posicionamento estratégico: o aprofundamento do distanciamento tanto do governo Luiz Inácio Lula da Silva quanto de possíveis candidaturas bolsonaristas. Paulinho destacou que o Solidariedade já “atua contra o governo” na Câmara, participando de movimentações críticas como a CPI das fraudes no INSS.