A 25ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte) foi oficialmente aberta nesta sexta-feira (20), em um clima de celebração e reconhecimento histórico. Com o tema “A Feira das Feiras”, o evento presta homenagem às feiras livres que moldaram a cultura popular pernambucana — e, em um gesto simbólico, reverencia também o ex-governador Jarbas Vasconcelos, criador da política pública que deu origem à Fenearte em 2000.

Realizada pelo Governo de Pernambuco por meio da Agência de Desenvolvimento Econômico (Adepe), a Fenearte é considerada a maior feira de artesanato da América Latina e será realizada de 9 a 20 de julho, no Centro de Convenções, em Olinda. Nesta edição especial, o investimento ultrapassa os R$ 15 milhões e a expectativa é de superar os recordes de 2023, quando a feira movimentou R$ 108 milhões, recebeu cerca de 320 mil visitantes e teve 98,6% de aprovação do público.

Durante a solenidade de abertura, representantes do Governo do Estado destacaram a importância da Fenearte como política cultural de impacto contínuo. O ex-governador Jarbas Vasconcelos foi lembrado como responsável por idealizar a feira ainda em seu primeiro mandato, apostando na valorização do artesanato como vetor de geração de renda, identidade e preservação da cultura popular. Em 2024, a homenagem se soma ao espírito de memória e valorização que marca os 25 anos do evento.

“Celebrar a Fenearte é celebrar o artesanato, a feira livre e a história de resistência e criatividade do povo pernambucano. Jarbas Vasconcelos teve uma visão que ultrapassou seu tempo e plantou uma semente que hoje floresce com força e reconhecimento nacional e internacional”, declarou André Teixeira Filho, diretor-presidente da Adepe.

A feira das feiras

Com mais de 700 estandes e a participação de mais de 5 mil artesãos e expositores de Pernambuco, de outros estados e do exterior, a 25ª Fenearte mergulha nas origens do fazer artesanal. As feiras livres — como a da Renascença, em Pesqueira, e a Feira de Caruaru — servem de referência para o tema desta edição. Artesãos do barro, do couro, da madeira e da renda se misturam em um grande mosaico de tradições e técnicas.

O evento conta ainda com mostras temáticas, oficinas, salões de arte sustentável, religiosa e popular, além de desfiles, prêmios de aclamação popular e o retorno da Alameda dos Mestres, que homenageia ícones do artesanato pernambucano, como J. Borges e Tiago Amorim.

O Palco Pernambuco Meu País, com curadoria da Fundarpe e da Secult-PE, será responsável por mais de 70 apresentações musicais, entre cultura popular e atrações contemporâneas. O encerramento ficará por conta do cantor baiano Xangai.

A Fenearte também ampliou ações de acessibilidade e sustentabilidade, com concursos voltados a estudantes de design e moda, espaço infantil, visitas guiadas para pessoas com deficiência e ampliação do transporte gratuito a partir de cinco shoppings da Região Metropolitana.

Ao completar 25 anos, a Fenearte reforça seu papel como símbolo da cultura pernambucana e exemplo bem-sucedido de política pública. E, ao reconhecer a contribuição de Jarbas Vasconcelos, o evento se reconcilia com sua própria história — uma feira que se tornou maior que o tempo e que segue viva na memória e nas mãos de quem faz arte com o que tem.