A operação Velatus, deflagrada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU) nesta terça-feira (17), apura um esquema de fraude em licitações, corrupção de servidores, peculato e lavagem de dinheiro que teria movimentado cerca de R$ 700 milhões em recursos públicos, sobretudo nas áreas de saúde e educação. O foco da investigação são contratos firmados por prefeituras com uma entidade que, segundo apuração do blog de Noelia Brito, seria o Instituto de Desenvolvimento Humano (IDH), com sede no município de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco.
Embora as autoridades não tenham divulgado oficialmente os nomes da empresa investigada nem das prefeituras envolvidas, fontes da imprensa apontam o IDH como o principal alvo da operação. A instituição, que não foi localizada até o momento para prestar esclarecimentos, teria firmado contratos com ao menos 50 municípios, distribuídos por cinco estados brasileiros, sendo a maioria em Pernambuco.
De acordo com a nota oficial da Polícia Federal, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão contra 10 pessoas físicas e 6 jurídicas nas cidades de Garanhuns, Caruaru, Terezinha e Bom Conselho. Os serviços sob investigação envolvem a terceirização de mão de obra para atuação em setores públicos, principalmente na saúde.
A Justiça Federal também determinou medidas cautelares como a proibição de contato entre investigados e a restrição de saída das respectivas comarcas, sem autorização prévia.
Apesar das suspeitas, a PF optou por manter em sigilo os nomes dos investigados e dos entes públicos envolvidos, alegando que a medida é necessária para não comprometer o curso das investigações.
O blog do MF reitera que o espaço permanece aberto para manifestações do Instituto de Desenvolvimento Humano ou de quaisquer prefeituras que eventualmente venham a ser mencionadas no decorrer da apuração.
