O ex-procurador do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Virgílio Oliveira Filho, investigado por suposto envolvimento em um esquema bilionário de fraudes contra aposentados, afirmou que a reunião realizada em janeiro de 2023 com o lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, foi agendada por um assessor do então deputado federal Wolney Queiroz (PDT), que assumiria o cargo de secretário-executivo do Ministério da Previdência no mês seguinte. As informações são do Portal Metrópoles.
A declaração de Oliveira Filho contradiz a versão apresentada pela assessoria de Wolney Queiroz, que afirmou que a reunião foi organizada e conduzida pelo ex-procurador, sem anuência prévia do então futuro secretário-executivo. Além de Antunes, apontado pela Polícia Federal como o principal operador das fraudes contra aposentados, participaram da reunião os então diretores do INSS André Fidelis (Benefícios) e Alexandre Guimarães (Governança), ambos também investigados por suposto recebimento de propina para favorecer entidades envolvidas no esquema. 
As investigações da Polícia Federal indicam que o esquema de fraudes no INSS, conhecido como “Farra do INSS”, causou um prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, sendo 64% desse valor referente aos anos de 2023 e 2024. O escândalo levou à demissão do então ministro da Previdência, Carlos Lupi, em maio de 2025. 
A reunião entre Wolney Queiroz e os investigados não foi registrada na agenda oficial. A defesa de Virgílio Oliveira Filho afirma que o assessor de Wolney, identificado como Leandro, aparece em uma foto da reunião sentado ao lado de Antunes. O ministro Wolney Queiroz não se manifestou sobre as novas declarações. 
