Opinião – Pernambuco segue recuperando protagonismo na economia – por Marcelo Rodrigues*

Mário Flávio - 13.05.2025 às 18:19h

A economia pernambucana apresenta sinais claros de recuperação desde a mudança de gestão estadual. Os dados oficiais compilados pela Condepe Fidem e outras fontes mostram um cenário econômico em franca expansão.

O PIB total de Pernambuco saltou de R$ 245,8 bilhões em 2022 para R$ 288,6 bilhões em 2024, um crescimento expressivo que supera a média nacional. Este avanço reflete-se diretamente no PIB per capita, que passou de R$ 27.138,86 para R$ 30.261,99, representando um incremento de 11,51% em apenas dois anos.

O crescimento econômico geral do estado, que era de 2% em 2022, mais que dobrou, alcançando 4,9% em 2024. Destaca-se especialmente o desempenho do setor agropecuário, que saiu de um modesto crescimento de 1,2% para impressionantes 11,5%. A indústria também apresentou significativa recuperação, com taxa de crescimento quase triplicada, passando de 1,2% para 3,5%.

O setor de serviços manteve sua trajetória positiva, ampliando sua taxa de crescimento de 2,5% para 3,9%. O Valor Adicionado Bruto (VAB) da economia pernambucana também demonstrou vigor, aumentando sua taxa de crescimento de 2,1% para 5,1%.

No comércio exterior, embora as exportações tenham sofrido redução de R$ 2,88 bilhões para R$ 2,17 bilhões, as importações apresentaram forte alta, saltando de R$ 9,11 bilhões para R$ 7,44 bilhões. Como resultado, o déficit da balança comercial diminuiu, passando de R$ 6,23 bilhões para R$ 5,26 bilhões.

Um indicador social importante, a renda domiciliar per capita, registrou melhoria considerável, evoluindo de R$ 1.171,83 para R$ 1.453,00, um incremento de aproximadamente 24%.

A capacidade de pagamento do estado (Capag), medida pelo Tesouro Nacional Transparente, também mostrou evolução, saindo da nota B para B+, o que reflete o aprimoramento na gestão das contas públicas e abre caminho para novas captações de recursos.

O conjunto desses indicadores demonstra que Pernambuco atravessa um período de revitalização econômica, com crescimento generalizado, melhoria na renda da população e fortalecimento da capacidade de investimento do estado, criando bases mais sólidas para o desenvolvimento futuro.

O que os números revelam é um Pernambuco que finalmente despertou de sua letargia histórica. Após décadas de crescimento tímido e desenvolvimento aquém de seu potencial, o estado agora rompe definitivamente com o ciclo de estagnação. Todos os setores da economia – indústria, serviços e especialmente o agronegócio – convergem para um mesmo rumo de prosperidade, indicando que não se trata de um avanço isolado, mas de uma transformação estrutural da economia pernambucana.

A expressiva elevação da renda domiciliar per capita em 24% sinaliza que essa prosperidade começa a alcançar o bolso do cidadão comum, transformando indicadores macroeconômicos em qualidade de vida real. A melhoria na classificação da capacidade de pagamento pelo Tesouro Nacional, por sua vez, abre caminho para um ciclo virtuoso de investimentos em infraestrutura e serviços essenciais. Pernambuco finalmente entra na rota do desenvolvimento sustentável, com solidez fiscal e indicadores sociais em ascensão, escrevendo um novo capítulo em sua história e oferecendo um horizonte de oportunidades para todos os pernambucanos.

*Marcelo Rodrigues é professor e advogado.