O deputado federal Mário Heringer (MG), líder do PDT na Câmara dos Deputados, afirmou nesta terça-feira (29) que o partido poderá deixar a base de apoio ao governo Lula caso o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, seja demitido.
“Se demitir o nosso presidente Lupi, nós queremos também sair desse compartimento político, porque esse compartimento político não trata com reciprocidade e fidelidade os seus”, declarou Heringer à CNN Brasil.
O ministro Carlos Lupi, que também é presidente licenciado do PDT, está sob pressão após a deflagração de uma operação da Polícia Federal que investiga um esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), envolvendo descontos não autorizados em aposentadorias e pensões. O prejuízo estimado é de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
Heringer defendeu a permanência de Lupi no cargo, argumentando que não há inquérito ou investigação contra o ministro. “Uma demissão do presidente do nosso partido, nas condições atuais, onde não há nenhum inquérito, o nome dele não está envolvido em investigação, no mínimo é para servir somente de desculpa e de remendo para uma situação que é uma situação muito grave”, afirmou.
O líder do PDT também destacou que a demissão de Lupi seria interpretada como um abandono dos aposentados. “O aposentado não pode ser abandonado neste momento”, completou.
Até o momento, cinco servidores públicos foram exonerados de suas funções, e a operação cumpriu 211 mandados de busca e apreensão, além de ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária no Distrito Federal e em outros 13 estados.
