Do UOL

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recriou, nesta quinta-feira (04) o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, com 246 representantes que vão de empresários a ativistas, de artistas e intelectuais a representantes de cooperativas.

Criado durante o primeiro governo Lula, o conselho tem como objetivo debater políticas públicas com a sociedade civil. A iniciativa foi extinta por decreto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2019. Com 246 nomes, o Conselhão deverá funcionar por meio de grupos de trabalho. Para esta nova versão, o governo incluiu a pauta “sustentável” ao antigo nome.

Os conselheiros prestam serviço de forma voluntária, sem remuneração. “Nenhum governo, por mais competente, responsável e humanista que seja, é capaz de resolver sozinho os problemas de um país. Por isso, estou botando muita expectativa e esperança no mundo que vocês podem criar a partir das discussões aqui“, disse Lula. Lula também criticou a manutenção da taxa básica de juros durante o evento. Nessa quarta-feira (03), o Banco Central deixou a Selic em 13,75% pela sétima vez.

“A desigualdade é uma muralha de injustiças que faz com que o Brasil não reconheça o Brasil. Eu quero que vocês aqui do Conselhão conheçam o Brasil para além da Faria Lima.“, afirmou Lula em tom de critica ao juros.

O objetivo é trazer diferentes perspectivas sociais ao debate. Por isso, segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o grupo é composto pelas diferentes gamas de poder e focos de atuação. A cerimônia de posse foi realizada no Palácio do Itamaraty e teve momentos de descontração.

“Não é um espaço para pessoas irem falar bem do governo, para fazer diagnóstico. É para ajudarem a governar esse país, dizerem como vocês querem que coisas sejam feitas. Não e espaço de queixa, reclamação, é um espaço de produção.“, concluiu o petista durante a posse.