Depois da denúncia de suposta compra de votos contra o prefeito e candidato à reeleição, Dioclecio Rosendo (PSDB), a Polícia Federal ouviu todos os envolvidos no caso, mas não conseguiu reunir elementos que confirmasse a prática de crime eleitoral. O delegado Dário Sá Leitão se pronunciou à imprensa, nesta quinta (04), para explicar os detalhes sobre a apuração das informações da denúncia. Dió foi detido pela Policia Civil em Caruaru, no bairro São João da Escócia.
“O procedimento foi trazido com uma suposta compra de votos. O delegado de sobreaviso, Dr. Silvando, ouviu as envolvidos, mas a testemunhas não confirmaram a promessa de vantagem ou recebimento dessa vantagem, apesar de terem sido encontrados títulos eleitorais, 500 reais em dinheiro, dentro de almofada. Mas além disso, houve envolvidos que afirmaram que integrantes da oposição jogaram o dinheiro no local. Dessa forma, todos essas circunstâncias analisadas não foram suficientes para comprovar a prática de crime eleitoral, o que levou a reduzir todas essas declarações a termo e encaminhar para o Tribunal Regional Eleitoral, que decidirá pela instauração ou não de inquérito”, explicou o delegado.
Contudo, ainda de acordo com o delegado, como no local havia uma urna eletrônica simulada, que estaria sendo usada para ensinar os eleitores a votar, foi lavrado um Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO) pela prática de crime previsto no Código Eleitoral, por desobediência às instruções da Justiça Eleitoral, já que o TSE possui uma resolução que proíbe a realização desse tipo de simulacro por candidatos e coligações.