Opinião – Horário Eleitoral – Por Carlos Alexandre*

Mário Flávio - 23.09.2012 às 10:18h

“Seria cômico se não fosse trágico”

Essa citação, descrita acima, sempre vem à minha cabeça quando acaba a sessão de risos e a ficha cai, no fim de cada guia eleitoral. Essas pessoas estão prestes a ditar os rumos do nosso município nos próximos 4 anos. E, ainda por cima, pagamos ingresso para assistirmos toda essa vergonha alheia – pois – o horário eleitoral ‘gratuito’ é deduzido dos impostos que as emissoras de rádio e tevê pagam. Peraí… não seriamos nós os palhaços?

Parece que sim. As pessoas (nós) insistem em dizer ‘tanto faz tanto fez quem ganhar, se eu não trabalhar ninguém vai dar a minha feira.’ Em parte a afirmativa é verdadeira. Entretanto, se a pessoa ou, as pessoas, incumbidas de nos representar não fizerem o seu dever de casa, a feira não chegará as nossas mesas. É uma engrenagem que para gerar resultados todas as peças devem estar em perfeito estado, ou seja, se o ‘votar por votar’ passar a ser regra, as consequências serão ruins e o resultado final pode ser devastador.

O guia eleitoral gratuito, como próprio nome diz, é o guia. É ele que vai guiar nossas vidas nos próximos 4 anos e quem sabe por toda nossas vidas, pois, nem sempre é possível reverter as situações adversas a nossa vontade. Ainda está em tempo de você (nós) saber que o guia eleitoral não é gratuito e, o palhaço que passa na tevê pode ser o reflexo de sua (nossa) face!

*Carlos Alexandre é servidor público municipal e blogueiro