Na próxima terça, 24 de abril, a atriz Arary Marrocos comemora 80 anos de vida. Para celebrar esse grande momento de sua vida acontecerá uma noite de celebração organizada por sua família e amigos com participação de todos artistas que já foram, de alguma forma, alcançados pelo TEA (Teatro Experimental de Arte), sejam ex-alunos ou novatos das oficinas, e também artistas de outros segmentos, como: música, dança, personalidades e profissionais da imprensa, etc.
Na realidade será um momento de reencontro entre tantos que já passaram pelo TEA e estarão revivendo esses momentos.
Na oportunidade também será iniciado uma nova campanha para arrecadar fundos em prol da Construção do Novo Teatro Lício Neves, que há exatamente um ano teve que ser demolido por conta das fortes chuvas que comprometeram toda estrutura do prédio.
Arary Marrocos é memória viva do Teatro de Caruaru e única remanescente com vida da cena teatral do início dos anos 50. É membro dos Conselhos Estadual e Municipal de Política Cultural. Natural de Belo Jardim, de 24 de abril de 1938, filha de Osterno Ramiro Bezerra e Elza Marrocos Bezerra. Atriz, produtora, encenadora, educadora, Bacharela em Direito e em Contabilidade. Recebeu o título de Cidadã de Caruaru, outorgado pela Câmara de Vereadores em 2004. Iniciou suas atividades em teatro, no ano de 1952, no Colégio de Caruaru, com a criação do grupo de Teatro Estudantil do Colégio de Caruaru. Participou ativamente do Grêmio Estudantil Heroínas de Casa Forte. Lecionou no Colégio de Caruaru e Instituto Santo Antônio até 1962, quando passa a atuar como contadora.
O formato do novo Teatro Lício Neves vem inspirado numa concepção moderna de teatro do século XX. Têm um pouco das características do teatro feito em praças da Idade Média que tinham galpões ou áreas abertas, às vezes com arquibancadas móveis que modificam a configuração do teatro para cada espetáculo.
A proposta remonta ao pensamento de Bertolt Brecht que já não acreditava que o espaço físico de um teatro à italiana fosse capaz de abrigar a cena moderna, buscando um novo fazer teatral. Não bastando eliminar a distância entre o expectador do espetáculo. Era preciso tornar a platéia consciente, enquanto os encenadores buscavam a verdade no fazer teatral, acreditando que o espaço físico não poderia ser um fator limitante.
A produção arquitetônica brasileira, em geral, não aderiu a esse modelo, mas por outro lado passa a existir cada vez mais a ideia dos espaços evoluindo para teatros experimentais.
Outro fator que facilitará um só vão livre, é a vocação de formação de novos atores e atrizes que o TEA tem, calcula-se que mais de dois mil atores e atrizes já receberam oficinas com professores do TEA.
TEA é Ponto de Cultura e Patrimônio Vivo de Pernambuco. Considerado por Lei Municipal um órgão de Utilidade Pública (lei 3762/96). Foi fundado em Caruaru-PE em 16 de Julho de 1962 com a finalidade de despertar um novo olhar entre aqueles que faziam teatro na região. Considerado o segundo grupo teatral mais antigo em atividade ininterrupta do país.
Como Ajudar:
Doações em espécie: Banco Santander. Agência: 4017.
Conta: 13000062-6 Favorecido: Teatro Experimental de Arte