À beira da BR-232, na entrada do Sítio Brejinho, em Sanharó, Agreste, o gado morto serve de alimento aos urubus. Há algumas semanas, todos os dias pelo menos um é despejado no local, que já vem sendo chamado de “cemitério de boi”. Os animais estão morrendo de fome, sede ou doença, mas a causa é uma só: a seca.
Há dois meses sem chuvas, o Agreste sofre as consequências da estiagem que já levou 97 municípios pernambucanos a decretarem estado de emergência. Na região da bacia leiteira, os pequenos criadores amargam prejuízos não apenas com a perda de rebanho, mas com a produção cada vez mais escassa de leite.