O governo Paulo Câmara está com sua base de sustentação relativamente organizada para enfrentar as críticas da oposição após a reabertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa em fevereiro próximo. Nos dois primeiros anos de governo, diga-se de passagem, a oposição teve um comportamento moderado, mais de colaboração do que propriamente de cobrança. Foi uma espécie de reconhecimento à gravidade da crise nacional, com reflexos não apenas no país, mas, sobretudo, nos estados e municípios.
O governo terá novo líder a partir de fevereiro, o deputado Isaltino Nascimento, que tem o “DNA” do PSB desde os tempos em que pertencia ao Partido dos Trabalhadores, porém o poder de articulação do ex-líder Waldemar Borges é superior. Com relação a Sílvio Costa Filho, que permanecerá como líder da Oposição, entende que dois anos de trégua ao atual governo estão de bom tamanho, e que a hora das cobranças vai começar.