O Governo do Estado reabriu negociações com a PM através do Comando Geral e da Secretaria de Defesa Social, e não mais com suas associações, porém as partes estão longe de um acordo sobre plano de cargos e carreiras e reajuste salarial. Boa vontade o Governo tem de sobra para atender aos pleitos dos militares, mas esbarra numa dificuldade sobre a qual não tem controle: os pedidos não cabem no orçamento.
O Governo endureceu o jogo ao decidir que não mais negociaria com as associações, que se comportam como verdadeiros sindicatos, mas apenas com a cúpula da instituição. E os militares, por sua vez, esticaram a corda nos quarteis e fora deles, de que servem de exemplo as 700 cruzes afixadas ontem na praia de Boa Viagem como símbolos da criminalidade que disparou em Pernambuco nos últimos dois anos.
O bom senso sugere que as partes se entendam antes do carnaval para não termos a repetição do motim de 2014.