MPPE oferece denúncia contra os três acusados de canibalismo em Garanhuns

Mário Flávio - 16.05.2012 às 00:47h

 

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ofereceu denúncia contra os três suspeitos de canibalismo em Garanhuns, no Agreste do Estado. O promotor de Justiça Itapuan Vasconcelos denunciou os acusados pelos crimes de crimes de duplo homicídio triplamente qualificado,  falsidade ideológica, estelionato, ocultação de cadáver e falsificação de documentos. Os pedidos do MPPE foram acatados integralmente pelo juiz, José Carlos Vasconcelos Filho, da 1ª Vara Criminal do município e decretou a prisão preventiva dos réus. De acordo com a denúncia, os acusados ainda confessaram mais seis mortes, totalizando nove vítimas.

Os crimes cometidos em Garanhuns foram descobertos em abril deste ano, quando a Polícia rastreou o grupo, depois de terem utilizado o cartão de crédito da vítima Gisele Helena da Silva. Ao chegar a residencia dos acusados, a polícia encontrou os corpos enterrados no quintal.

Os criminosos atraíam as vítimas, apenas mulheres, com promessas de emprego ou para pregar a palavra de Deus. O modo de agir era parecido em todos os casos. Após atrair as vítimas, enquanto conversa com os suspeitos dentro de casa, o homem as atacava por trás, deferindo um golpe na garganta delas. Depois disso, levavam as vítimas para o banheiro, deixam o sangue escorrer embaixo do chuveiro e as esquartejavam. Eles também assumiram ingerir a carne delas, por no mínimo três dias.

De acordo como texto da denúncia, os acusados formavam um triângulo amoroso imbuído de práticas de homicídios em Pernambuco. “Tais mortes seriam em cumprimento a ordens de uma ‘entidade’, e eles faziam parte de uma seita denominada ‘o ritual’. O motivo dos delitos seriam porque consideravam as vítimas impuras”, diz o promotor de Justiça, no texto do documento.

Na denúncia, o promotor de Justiça ainda afirma que ficou constatado que os denunciados ainda haviam planejado a morte de mais duas outras vítimas na cidade de Garanhuns. “Somente não concretizaram esses planos porque foram presos pela polícia, não chagando a iniciar a execução dos delitos”, expõe no documento.