Nesta quinta-feira (20), completa 2 anos da morte do músico Camarão. Para lembrar a data músicos amigos e familiares estarão realizando um show aberto ao público na antiga Estação Ferroviária. Já estão confirmados o Trio Café com Leite, Trio Avolante, Mestre Zé do Estado, Humberto Bonny, André Julião, Vinicius, Joãozinho de Bezerros, Matheus, Sebastian, Sandro Sanfoneiro, Waldir Lyra Gravatá, Andrezinho e Júnior da Sanfona.
Os filhos de Camarão estão à frente do evento na produção e a realização é da Casa dos Artistas, sob a coordenação de Valdez Soares (filho do Xilogravurista mestre Dilla). Celebração em tom de saudade está marcado para começar às 11 da manhã e o evento é gratuito.
Biografia
Filho de um agricultor e safoneiro, começou a tocar ainda criança. Treinando escondido, em pouco tempo conseguia tocar a toada “Maria Bonita” que era sucesso nos forrós no final da década de 1940. O pai, quando ouviu o filho tocar, pulou de alegria e o incentivou a seguir a carreira artística já na infância. Em 1960, ingressou na Rádio Difusora de Caruaru, na qual conviveu com grandes nomes da música popular brasileira como Sivuca e Hermeto Pascoal. Foi nessa época que ganhou o apelido que o consagraria. Um dia, estando atrasado para o programa, chegou correndo na Rádio e o compositor Jacinto Silva que o viu chegar como o rosto todo vermelho falou: “Pronto, chegou o Camarão”.
A partir daí passou a ser conhecido como Camarão. Na Rádio Difusora de Caruaru, criou o Trio Nortista, que foi seu primeiro grupo musical. Em 1962, foi contratado pela gravadora pernambucana Mocambo e lançou seu primeiro disco, um 78 rpm com o arrasta-pé “Arrasta-pé no Jucá”, de sua autoria, e o xote “Choradeira”, parceria com Onildo Almeida. Em 1963, gravou os forrós “Cabra da peste” e “Fungado bom”, de sua autoria. Em 1965, participou da coletânea “Forró do Zé do Gato” da gravadora Mocambo, interpretando os forrós “Seu Vargulino” e “Polquinha no Agreste”, ambos de sua autoria.