A Justiça determinou, na tarde deste sábado (15), que as peças informativas da campanha de Armando que mostram a situação da segurança no Estado devem ser mantidas. Desde a última quarta-feira a coligação Pernambuco Vai Mudar tem veiculado inserções com cenas reais e mostrando para a população os indicadores da violência.
“Durante o atual governo já foram registrados mais de 16.400 assassinatos, um recorde histórico, enquanto os crimes contra o patrimônio somam mais de 400 mil ocorrências”, diz a coordenação jurídica de Armando.
A campanha de Paulo, porém, vem tentando repetidamente tirar as mensagens do ar na tentativa de impedir o debate sobre o tema. Mas, em sua decisão, a juíza Karina Albuquerque Aragão Amorim negou o pedido e avaliou como legais as inserções.
“Analisando o conteúdo da inserção ora questionada, numa análise preliminar, observo que na inserção combatida, o candidato ao governo, Armando Monteiro, faz uma crítica à administração do candidato Paulo Câmara como Governador do Estado, no tocante à segurança. Não vislumbro propaganda política ofensiva, que macule a reputação e credibilidade do representante perante o eleitorado, tão pouco uma inverdade revestida de injúria, calúnia e difamação”, diz ela.
“A propaganda eleitoral é a oportunidade que os candidatos têm de expor suas propostas, além de realizar críticas e opiniões de ordem política contra seus oponentes. Isso é salutar e faz parte de um regime democrático no qual deve prevalecer a intervenção mínima do Estado, resguardando-se a paridade de armas entre os candidatos”, afirma Karina Albuquerque.
Para o coordenador jurídico da campanha de Armando, o advogado Walber Agra, a decisão foi acertada. “As pernambucanas e os pernambucanos têm o direito de debater segurança pública. Em 2014 Paulo Câmara prometeu inúmeras medidas e avanços e o que vimos foi uma disparada de todos os indicadores ao longo da gestão”, diz.