Começa nesta quinta-feira (25), no Senado, o julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff por crime de responsabilidade.
A sessão será comandada pelo presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, tal qual prevê a Constituição e a Lei do Impeachment (1.079/1950).
De acordo com o rito da sessão definido por Lewandowski e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), nesta quinta irão depor duas testemunhas de acusação e, amanhã, as seis de defesa. As testemunhas de acusação são o procurador do TCU Júlio Marcello Oliveira e o auditor Antonio D’Ávila.
Já as testemunhas de defesa são o ex-ministro do Planejamento Nélson Barbosa, a ex-secretária do Tesouro Esther Dweck, o ex-secretário do Ministério da Educação, Luiz Costa, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo e os professores de Direito Geraldo Prado e Ricardo Lodi.
As oito testemunhas vão ficar hospedadas em um hotel de Brasília, separadas umas das outras, em quartos sem acesso à internet e a telefone. Na parte externa do Senado, a Polícia do Distrito Federal colocou uma barreira de um quilômetro para separar os manifestantes contra e a favor do impeachment.
Dilma decidiu comparecer à sessão do julgamento, mas somente no próximo dia 29. No dia seguinte haverá a sessão de julgamento e pelos cálculos do ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, vão votar a favor do impeachment entre 59 e 61 senadores.
No dia seguinte a presidente deixará definitivamente o Palácio da Alvorada, onde continua residindo, e ficará inelegível por 8 anos. Porém, mesmo como ex-presidente da República, ela terá direito a seis assessores.
De Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho (PSB) votará a favor e Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro Neto (PTB), contra.