PSOL e PT Pernambuco se reuniram na manhã desta quinta-feira (18), na Casa Marielle Franco, para definir as estratégias para os próximos dias do segundo turno das eleições presidenciais. Durante o encontro, dirigentes dos dois partidos deliberaram sobre a intensificação das agendas de rua e organização da marcha do dia 20, com saída da Praça do Derby. Além de uma caminhada com a participação do candidato Fernando Haddad, no próximo dia 25, com saída do Parque 13 de maio.
Será criada uma comissão com três membros de cada um dos dois partidos para a consolidação da unidade dos atos públicos e construção de agenda operativa para a última semana da campanha. Também foi a anunciado que a Casa Marielle Franco, sede o comitê coletivo do PSOL nas eleições estaduais será um ponto de apoio da campanha Haddad 13.
De acordo com Severino Alves, presidente do PSOL Pernambuco, essa unidade é necessária para selar uma frente de resistência e trabalho das forças progressistas. “O que está em pauta não é só a questão de estruturas político-partidárias, mas sim o iminente risco que a nossa Democracia está correndo com o avanço das forças fascistas no nosso país. Nós vamos unificar nossas agendas e nossas ações nesse cenário. Acreditamos que esse é um momento de virada política, pois sabemos que o eleitor brasileiro define o seu voto na última semana”, afirmou.
Para Bruno Ribeiro, presidente do PT PE, é importante que, mais uma vez em um momento difícil para a Democracia brasileira, os partidos estejam juntos nas ruas do Recife e nas ruas do País combatendo a violência. “Eu compreendo que essa onda de intolerância e violência tem como marco o atentado que culminou com a morte de Marielle Franco, em março deste ano. Foi ali que começamos a transição para o subsolo da violência institucional. Nesta campanha presidencial nós tivemos 13 candidatos, mas não há um só registro de violência praticada por eleitores de nenhum dos 12, somente por apoiadores de Jair Bolsonaro”, completou Ribeiro.
“Sabemos mesmo depois da eleição, essa polarização vai continuar. O crescimento de Bolsonaro mostra uma crise de representatividade, de não identificação com a classe política. A gente precisa voltar para as bases. Temos uma responsabilidade quase evangelística, de resgatar voto a voto, olhando no olho das pessoas. Esses dois partidos (PSOL e PT) estavam nas fileiras da resistência contra a retirada de direitos desde o golpe de 2016. Nós entendemos essas eleições de 2018 como um divisor de águas: não é mais uma disputa entre direita e esquerda, mas sim uma decisão entre a civilização ou a barbárie”, disse Dani Portela, ex-candidata do PSOL ao governo de Pernambuco.
Participaram do encontro os dirigentes estaduais dos dois partidos; os parlamentares eleitos: Marília Arraes, as Juntas co-deputadas, Teresa Leitão, Ducicleide Amorim, Humberto Costa; o vereador Ivan Moraes Filho, o deputado Edilson Silva, o deputado Odacy Amorim, e as candidatas do PSOL ao governo do estado e senado Dani Portela, Albanise Pires e Eugênia Lima.