Por maioria dos votos dos desembargadores, o Tribunal Regional do Trabalho, decidiu que fosse concedido um reajuste de 10% no piso e na remuneração mensal dos rodoviários da Região Metropolitana. No entanto, a situação não serve apenas para os profissionais que atuam no entorno do Recife.
As empresas que fazem parte da AETPC (Bahia, Capital do Agreste, Coletivos e Tabosa) irão ter que repassar aos colabores os novos valores de salários. A partir de agora, o salário do motorista que valia R$ 1.605,00 passa para R$ 1.765,50; o do fiscal, de R$ 1.037,00 para R$ 1.140,70; e o do cobrador, de R$ 738,00 para R$ 811,80.
A folha de pagamento do pessoal representa 47% do custo de cada empresa. Esse aumento representou um impacto médio de 19% (juntando ao salário e novo valor do vale alimentação). Esse é o quarto dissídio nos últimos quatro anos e apenas um reajuste na tarifa de Caruaru.
O diretor Institucional da Associação, Ricardo Henrique, reitera ainda que a decisão não fica apenas nos valores dos salários. “O vale-refeição, por exemplo, teve acréscimo de 129 reais, passando de 171 para 300. Os rodoviários obtiveram ainda 6,06% de reajuste sobre outras cláusulas econômicas, que incluem diárias para motoristas em viagens especiais, auxílio-funeral e indenização por morte ou invalidez. Vamos ter que arcar com todas essas despesas, mostrando mais uma vez a carga em cima das empresas”, explicou.
Ele lembrou ainda que a tarifa calculada pela Destra antes desse aumento já era R$ 2,30 e as empresas aceitaram o reajuste em R$ 2,10 para não ocasionar um impacto muito grande para a população.